47 anos de "Revolver"


Um "discaço" faz aniversário hoje. "Revolver" é um dos mais fantásticos discos que um artista poderia gravar. É um dos meus discos favoritos dos Beatles. Com ele, os "Fab Four" mergulham de cabeça na psicodelia, possibilidade que eles já acenavam desde "Rubber Soul", de 1965. 

Em "Revolver", os Beatles "pintam" e "bordam" nas experimentações em estúdio e trazem algumas inovações de gravação. Dentre algumas surpresas estão gravações de trás pra frente, efeitos sonoros, uso de orquestra no rock, voz "dobrada", onde o mesmo artista grava a primeira e segunda vozes para depois mixá-las, dando a ilusão de que são cantores diferentes entre outras. Em "Tomorrow Never Knows", os Beatles antecipam em três décadas, o que seria feito pelos DJ's na música eletrônica para as pistas, ao utilizarem já em 1966, loops (nessa música criados por Lennon de maneira improvisada, meio "armengada", mas deu certo) e uma levada de bateria repetitiva, sem nenhuma variação ou viradas, uma grande inovação de Ringo Starr. Os Chemical Brothers copiariam nos anos 1990, a levada de bateria de "Tomorrow Never Knows".

Após "Revolver", houve quem dissesse que os Beatles tinham chegado ao seu limite criativo, que não conseguiriam superar um disco tão perfeito. Só que estavam enganados. Eles viriam ainda com um disco muito mais inovador. Mas isso é uma outra história.

Confira "Tomorrow Never Knows", uma das faixas de "Revover".




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