44 anos de “The Beatles” (‘White Album”)





Hoje, “The Beatles”, mais conhecido como “White Álbum”, está fazendo 44 anos de lançado. Foi o primeiro e único álbum duplo “de carreira” da história dos Beatles. Com a morte de Brian Epstein (1934-1967), empresário do grupo, os músicos pareciam sem norte, as brigas de egos de John Lennon e Paul McCartney se intensificaram, deixando as composições e ideias de George Harrison e Ringo Starr em segundo plano. O novo amor de Lennon, Yoko Ono, passou a ser uma presença constante e indesejada nas sessões de gravação do disco, o que só agravou a situação. As gravações conturbadas deste álbum duplo iniciaram o processo de implosão dos “Fab Four” que culminou com o fim da banda em 1970.

Acho interessante que mesmo com toda essa tensão, o “álbum branco” tem o seu valor e mostra toda a versatilidade musical dos Beatles.  Se em “Sgt. Peppers...” o som dos Beatles era mais pomposo, “barroco”, cheio de exageros tal qual um bolo de noiva, no “álbum branco” os Beatles prosseguiam com a diversidade sonora, mas focavam  algo mais “desbastado”, mais básico, porém não menos criativo e refinado. Essa simplicidade já estava literalmente na capa do disco: todo branco e o nome da banda em alto-relevo, tão somente isso. O disco tem desde canções folk e baladas a blues, rocks básicos, pesados e até música concreta. Para mim o álbum é uma transição entre a psicodélia e a fase de completa maturidade musical dos Beatles presentes em discos posteriores como “Abbey Road” e “Let it Be”.

"Back in the U.S.S.R.”, “"Ob-La-Di, Ob-La-Da", "While My Guitar Gently Weeps", "Blackbird", "Birthday", "Sexy Sadie", "Helter Skelter" e "Cry Baby Cry" são as minhas preferidas dentre as 30 faixas do album duplo. São as que mais ouço.

O vídeo acima mostra as sessões de ensaio e gravação de “The Beatles” ou como queiram, “álbum branco”.

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